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Mostrando postagens de julho, 2025

O “TACO” do gringo subestima a “jararaca” brasileira

O recuo parcial do governo dos Estados Unidos — aplicando o tarifaço de 50% a apenas 36% das exportações brasileiras, segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin — confirma o que Wall Street já conhece bem: Donald Trump tem baixa tolerância a pressões econômicas e do mercado financeiro. O apelido desse comportamento é "TACO": "Trump Always Chickens Out" (“Trump sempre amarela”, em tradução livre), de acordo com reportagem do G1 .   A expressão foi cunhada por Robert Armstrong, colunista do Financial Times, e viralizou entre investidores americanos como uma fórmula previsível: Trump anuncia medidas bombásticas, recua quando o mercado reage mal e depois tenta reformatar a ofensiva. Daí , surgiu o “TACO trade”: investidores compram ações em queda, apostando que Trump vai recuar e o preço vai subir.  Entretanto, esse jogo de empurra e recuo lembra o “método das aproximações sucessivas”, uma técnica militar usada para se referir ao modo como ideias autoritárias foram sendo...

$ | Tarifaço assusta, mas mercado global ainda aposta no Brasil

Mesmo após o tarifaço de 50% anunciado pelo presidente americano, Donald Trump, contra produtos brasileiros, gestores internacionais seguem confiantes nos fundamentos da economia do Brasil, segundo relatos de especialistas de mercado e analistas políticos nos últimos dias.   Investidores estrangeiros consideram a medida grave, mas ainda não enxergam riscos imediatos para o cenário fiscal e monetário do país. A avaliação é de que o Brasil segue apresentando resiliência econômica, com bom desempenho em áreas como controle de gastos e política de juros.  Empresas brasileiras passaram a procurar diretamente seus importadores nos Estados Unidos, incentivando-os a pressionar parlamentares locais de regiões que podem ser afetadas com demissões e prejuízos econômicos causados pelo tarifaço, buscando gerar reação política interna nos Estados Unidos. O México serviu como exemplo bem-sucedido ao mobilizar intensamente o setor privado para negociar tarifas com os EUA. (Internet) Aind...

Reação ao tarifaço, virada de Lula, Bolsonaros vs. Tarcísio

Olá, tudo bem? Esta é nossa seleção matinal das principais notícias do País, com avaliação de risco ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto o Brasil se prepara para reagir ao anúncio do tarifaço americano, reiterado como politicamente motivado. (Alex Silva) 🔺  Virando o jogo A popularidade do presidente Lula voltou a subir (50,2%) e ultrapassar a desaprovação (49,7%), segundo pesquisa   AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta quinta-feira, o que é uma excelente notícia para o chefe do Poder Executivo nos embates a seguir, de acordo com analistas, sobretudo pelo ambiente polarizado. 🔻 Retaliação formal O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou para 50% as tarifas sobre diversos produtos brasileiros, ao adicionar uma sobretaxa de 40% aos 10% já em vigor desde abril. Com isso, o Brasil se tornou o segundo país mais atingido pelo tarifaço, atrás apenas da China, apesar de registrar déficit comercial com os americanos. 🔺 Vitória política O governo L...

Preparação para o tarifaço, sanções, escalada

Olá, tudo bem? Esta é nossa seleção das principais notícias para esta tarde, com avaliação de risco ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto o País se prepara para enfrentar a "bomba tarifária" de 50% sobre suas exportações aos Estados Unidos. Os desdobramentos seguem imprevisíveis, mas começarão a contar apenas a partir de 6 agosto. (René Silva) 🔻 Sem jeito O presidente americano Donald Trump  assinou ordem executiva impondo tarifa de 50% ao Brasil, alegando que o governo brasileiro representa "ameaça incomum e extraordinária" à segurança, política externa e economia dos EUA, conforme agências. Ele prometeu aumentar mais as taxas se o Palácio do Planalto decidir revidar. 🟡  Menos mal A ordem executiva excluiu itens como suco de laranja, celulose, petróleo e produtos da aviação. Apesar das exceções, serão atingidos carnes, café e frutas. Estão isentos também minerais, fertilizantes, metais básicos, papel, alguns químicos e bens ligados à aviaç...

Tarifaço: establishment pode atravessar rua da soberania para a da anistia

A iminente entrada em vigor das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros em 1 de agosto pode ser o gatilho para o realinhamento da elite econômica, política e militar brasileira em direção a reabilitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, em troca da despolitização da negociação comercial com os americanos. | Enquanto o tarifaço não produzir efeitos práticos, o apelo da soberania deve constranger a cúpula do Parlamento, o grupo de grandes investidores e empresários conhecido como PIB e as Forças Armadas a convergir com o Palácio do Planalto, mas isso tende a desidratar se competir com a eventual deterioração das condições de vida da população, das empresas e do sistema financeiro, que também podem ser alvo de sanções Como falamos, os apelos iniciais por uma "diplomacia cautelosa" embutiram um argumento para tornar o chefe do Poder Executivo brasileiro em obstáculo para o entendimento com a Casa Branca, apesar das manifestações de que não deve retalia...

O futuro é velho, querides (e cheio de colágeno!)

Por: Ruth Vieira |  S ó não envelhece quem morre antes — e, sinceramente, não é toda a ficha da pessoa etarista que cai!  Envelhecer é um privilégio, mas tem gente que trata como um castigo. A cada ruga, um drama. A cada fio branco, um luto. Mas a verdade é que o tempo só pega quem para. Mas é cada vez maior a galera que não parou: refez seus conceitos, trocou o pijama por “legging”, o crochê por “spinning”, e hoje vive “alone”, namora, malha, estuda, aprende mandarim e ainda dá “match” em aplicativos de namoro. O moderno não envelhece, atualiza o sistema. Já tem até um nome novo – “envelhecência”. | O preconceito contra a pessoa idosa é quase uma piada pronta: vem de quem também vai ficar velho (se tiver sorte), ou uma espécie de amnésia coletiva: esquece que o tempo é um contrato vitalício e inegociável. Vejo isso a todo momento e é uma pena que a juventude que rompe barreiras e vai para a luta, é a mesma que alija, que afasta e menospreza a pessoa idosa que tanto tem para e...

Quem manda na direita brasileira? Tarifaço responde

A imposição de uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras aos Estados Unidos foi uma mensagem direta aos setores da Faria Lima e do Centrão que articularam a candidatura do governador paulista Tarcísio de Freitas à Presidência da República: quem representa no Brasil o projeto de Donald Trump é a família Bolsonaro e, portanto, o ex-presidente ou alguém por ele ungido deve ser o candidato ao Planalto em 2026.  Não é necessário recorrer ao jornalismo em off para entender isso, já que a carta de Trump foi explícita ao denunciar o julgamento de Jair Bolsonaro como uma "vergonha internacional", classificar o processo como "caça às bruxas" e justificar a sanção econômica com base em ações do Supremo Tribunal Federal (STF) que, segundo ele, violariam a liberdade de expressão e a soberania das redes sociais americanas.  (Internet) Steve Bannon, mentor de Trump e referência da extrema-direita internacional, atropelando o entusiasmo do estabelecimento econômico e político...

| IDEALPOLITIKMAKERS |

IDEALPOLITIK é um projeto jornalístico e de consultoria política para oferecer reflexões, análises e notícias úteis ao dia a dia e tomada de decisão.  Como o nome indica, busca a política ideal: para a sociedade, para o tempo em que vivemos, para reagir às adversidades, para os fatos que nos atravessam. Contato por idealpolitik@idealpolitik.com.br | LEOPOLDO VIEIRA | Paraense, radicado em Brasília, jornalista, analista político, pós-graduado em administração pública e ciência política. Serviu nos ministérios do Planejamento, Secretaria de Governo, Relações Institucionais e na Faria Lima, como analista sênior de política do TC (TradersClub). Conduziu processos premiados pela ONU. Trabalhou com sociedade civil, partidos políticos, mandatos parlamentares, campanhas eleitorais, programas de governo e presidenciáveis. Atuou em assuntos como planejamento público, cooperação federativa, desenvolvimento territorial, integração sul-americana, relações internacionais, articulação política,...