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Anúncio de Flávio como sucessor de Bolsonaro visa estressar mercado para pressionar STF por prisão domiciliar antes do Natal

| Por: Leopoldo Vieira | O mercado financeiro reagiu como esperado após o anúncio do senador Flávio Bolsonaro como sucessor do ex-presidente Jair Bolsonaro contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. Segundo fontes da Idealpolitik a par dos movimentos, trata-se de uma estratégia jurídica, por meio da política, para incentivar a Faria Lima a pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a conceder prisão domiciliar a Bolsonaro antes do Natal. Dessa forma, o anúncio não seria efetivo, mantendo no páreo a candidatura presidencial do governador paulista, Tarcísio de Freitas, e as condições para unificação do campo de centro e direita que faz oposição ao Palácio do Planalto. (Adriano Machado/Reuters) MERCADO REAGE MAL A FLÁVIO  Com a informação divulgada pelo jornal Metrópoles,  o Ibovespa acelerou a queda para 0,53%, aos 163.588 pontos, enquanto o dólar subiu para R$ 5,399 e os juros futuros avançaram, por volta das 13h — movimento interpretado na Faria Lima como aumento ...
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Agenda antissistema do PT, governo Lula, não deve mudar arcabouço fiscal, sugere Cascione, da Eurasia

| Por: Leopoldo Vieira| O PT está investindo novamente em uma agenda antissistema com forte apelo popular, mas, apesar disso, o governo Luiz Inácio Lula da Silva não deve mudar o arcabouço fiscal, mesmo que amplie gastos buscando a reeleição. Isso porque a popularidade do presidente está em recuperação, o que dá mais confiança para ele manter a rota sem a urgência de gastos novos fora do teto. Essa é a avaliação de Silvio Cascione, head no Brasil da Eurasia Group, pioneira e maior consultoria de risco político do mundo, em entrevista à minha coluna no Faria Lima Journal . (Ricardo Stuckert/PR) Para Cascione, o foco da sociedade nas eleições de 2026 vai depender do desempenho da campanha dos principais presidenciáveis. “Com esses temas de segurança pública e economia, os dois lados têm condições de mexer com a emoção dos eleitores, provocando medo, raiva, esperança e ganhar pontos entre os indecisos”, disse o analista, cuja atividade é direcionada a orientar grandes investidores e empre...

Nova escalada entre os Poderes permite reacomodação de prerrogativas

| Por: Leopoldo Vieira| A nova escalada entre os Poderes, iniciada em torno da indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF), embute uma oportunidade de fortalecer a reabilitação institucional, que ocorre em um processo desarmônico após a desorganização das prerrogativas do Executivo, Legislativo e Judiciário entre 2015 e 2022. Segundo o jornalista Tales Faria, há interesse do Legislativo e do Judiciário em negociar a qualificação dos pedidos de impeachment de ministros do STF pela qualificação das decisões monocráticas da Corte. ( Chama Eterna da Democracia /Reprodução/Internet) Em reação à decisão do ministro Gilmar Mendes, que restringiu ao procurador-geral da República (PGR) a prerrogativa de pedir o impeachment de magistrados do STF, a Câmara aprovou uma regra impedindo que apenas um deles declare a constitucionalidade de uma lei, o que tende a aumentar a segurança jurídica e conter gatilhos de tensão política, na avaliação de juristas. Em par...

Reação indignada à liminar de Mendes sobre impeachment do STF explica a própria medida

| Por: Leopoldo Vieira | A decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que limita à Procuradoria-Geral da República (PGR) a prerrogativa de pedir o impeachment de magistrados da Corte, embora polêmica, pode ser explicada pela própria reação indignada de setores do centro e da direita à decisão. (Marcelo Camargo/Agência Brasil) O plano declarado desses setores era mobilizar o eleitorado em 2026 para alterar a composição do STF por meio da conquista de maioria no Senado — algo que, para juristas, seria comparável a candidaturas cuja promessa fosse fechar o Congresso ou buscar um regime de partido único. Segundo relatos da imprensa, há tensão no sistema político decorrente de investigações sobre emendas parlamentares, além de um sentimento revanchista em relação à repressão do STF a iniciativas consideradas antidemocráticas, como a que resultou na condenação e prisão recentes do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sendo essas as razões das críticas à liminar de...

Cooperação Brasil-EUA, mulheres, na segurança pública reposicionam governo na ofensiva

|Por: Leopoldo Vieira| O anúncio de uma cooperação entre Brasil e Estados Unidos no combate ao crime organizado, combinada entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, e um movimento pelo endurecimento de punições para violência contra a mulher reposicionam o governo, com vantagem competitiva, na disputa pela narrativa da segurança pública, podendo neutralizar a reação da oposição ao favoritismo do petista por meio dessa pauta. A cooperação, defendida por Lula, foi acordada com Trump em ligação realizada nesta terça-feira. Eles terão novos encontros em breve para avançar nesse tema e na negociação tarifária entre Brasília e Washington, cujas sobretaxas já começaram a ser flexibilizadas. (Reprodução/Internet) O cenário permite que o governo mobilize a expectativa da sociedade pelos próximos capítulos da parceria entre o petista e o republicano, uma novidade em contraste com as soluções conhecidas apresentadas pela centro-direita. Além disso, com o arrefecimento do impa...

A confortável posição de Tarcísio e a desconfortável situação da centro-direita

| Por: Leopoldo Vieira, originalmente publicado no Brasil 247 | O governador de São Paulo e pré-candidato presidencial do Centrão e da Faria Lima, Tarcísio de Freitas, pode se encontrar em uma posição confortável entre escolher uma reeleição considerada certa por analistas e políticos influentes, ou uma disputa pelo Palácio do Planalto condicionada ao endosso do clã Bolsonaro, que resiste em abrir mão da liderança da oposição mesmo após o início do cumprimento da pena do ex-presidente e de militares de alta patente que integraram seu governo. Esse conforto, porém, não se estende ao campo do centro e da direita como projeto político. Com popularidade estável e favoritismo nas pesquisas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva joga no ataque e administrou bem o resultado em uma pauta desfavorável, como a da segurança pública. (...) (Reprodução/Internet) Enquanto isso, o Centrão, em desvantagem política, empenha-se, na Câmara e no Senado, em esticar a corda com o Planalto. Levantamentos r...

Prisão de Bolsonaro pode unificar centro e direita na eleição, diz analista político

| Por: Lara Rizério, originalmente publicado no Infomoney |  A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro pode catalisar a unificação do campo político do centro e da direita em torno da provável candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, avalia o analista político Leopoldo Vieira. A decisão de Moraes orientou que a prisão fosse realizada sem algemas e sem exposição pública, considerando o risco de fuga e a convocação de uma vigília em apoio à saúde do ex-presidente, além da tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. Olhando para o âmbito eleitoral, as pesquisas recentes mostram um cenário de disputa acirrada, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantendo um favoritismo estreito, apesar de oscilações em sua popularidade. “Ou seja, há espaço para uma candidatura de oposição crescer e tentar vencer”, avalia. (Reprodução/R7) A detenção do ex-presidente deve intensificar as articulações políticas, tanto para buscar a redução das penas ...

Resultado político da Selic parece já ter sido endereçado

| Por: Leopoldo Vieira, originalmente publicado no Faria Lima Journal |   O atual patamar da taxa Selic, mantida em 15% ao ano pelo Banco Central (BC), pode ser interpretado como uma estratégia bem-sucedida da autoridade monetária para valorizar o real frente ao dólar e, assim, conter a inflação, sobretudo a de alimentos. Esse movimento contribuiu para a estabilização da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um contexto permeado pela incerteza cambial devido ao tarifaço americano, porém marcado pelo pleno emprego, aumento da renda e resiliência do setor de serviços — fatores que, sem dominância fiscal, reduziram os efeitos do “remédio amargo” sobre a atividade econômica.  Nesta semana, dados oficiais confirmaram a menor inflação para outubro em 27 anos. O resultado levou parte do mercado financeiro a defender que o ciclo de cortes da Selic comece em janeiro, enquanto economistas da Faria Lima falavam em março ou abril, apoiados em previsões de que o Índice Na...

Segurança: Motta e Tarcísio são perdedores da semana; Derrite é a causa

| Por: Leopoldo Vieira | Com o adiamento da votação do marco legal do crime organizado — primeiro para a última quarta-feira e, depois, para a próxima terça —, o principal derrotado político da semana foi o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, apesar de inflexões destinadas a contemplar insatisfações do Palácio do Planalto, pressões da opinião pública mobilizada pelo governismo e alertas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Motta insistiu em patrocinar como relator Guilherme Derrite, cujo texto, acabou rejeitado tanto pela situação quanto pela oposição, incluindo governadores. Na condução do processo, Derrite demonstrou pressa eleitoral, mas vacilou em atender às expectativas da direita. Sua atuação sugeriu improviso em um tema sensível e, agora, politicamente disputado,  deixando no ar suspeitas de que seu texto poderia enfraquecer operações voltadas ao “andar de cima” das organizações criminosas — onde atuam políticos, empresários e financistas de fachada, ...

No radar: COP30, marco legal das organizações criminosas, sabatinas de autoridades e previsões econômicas

Nesta semana, após as respostas rápidas do governo Lula à tragédia causada pela passagem de tornados no Paraná e em Santa Catarina, as atenções se voltam para o início da COP30 , em Belém; as sabatinas de autoridades no Senado; o julgamento do deputado Eduardo Bolsonaro por coação no Supremo Tribunal Federal (STF); e a possível votação do marco legal do combate ao crime organizado , na Câmara dos Deputados.  De volta ao Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá se manifestar sobre a proposta de equiparação de penas aplicáveis a facções e milícias ao crime de terrorismo. Em discurso na IV Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e da União Europeia (UE), Lula disse ser preciso "reprimir o crime organizado e suas lideranças, estrangulando seu financiamento e rastreando e eliminando o tráfico de armas" e que " o alcance transnacional do crime coloca à prova nossa capacidade de cooperação”.  Nos próximos dias, o presidente pode i...

Semana com conclusão da reforma do IR, vitória governista na "CPI do Crime Organizado", liderança do PT nas redes e avanços para COP30

A semana encerra com novos avanços para o governo federal: aprovação da reforma do Imposto de Renda (IR), o PT no comando da "CPI do Crime Organizado", o adiamento da votação do projeto que classifica organizações criminosas como terroristas e os primeiros avanços da COP30. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump conheceu seu novo antagonista, enquanto, no Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro anunciou novas operações policiais em meio ao risco de perda de mandato. Confira nossos destaques e a legenda de avaliação de risco político: ⬆️ Positivo para o governo Lula ⬇️ Negativo para o governo Lula 🟠 Atenção (Ricardo Stuckert/PR) ⬆️ Promessa cumprida O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a conclusão da reforma do IR por unanimidade pelo Senado como um “dia histórico”. “Demos um passo decisivo para um país mais justo, com um sistema tributário que torna a contribuição mais equilibrada e reconhece o esforço de todos que ajudam a construir o Brasil”, escre...

Lula está alinhado com sondagens internas do Planalto divulgadas à imprensa

| Por: Leopoldo Vieira | A sondagem nacional de consumo interno do governo federal sobre a operação mais letal da história do Rio de Janeiro revela que 48% da população discordam dos 46% que a avaliaram como “necessária, mas positiva” — percepção que reforçaria o ponto de vista da direita na atual disputa política. Entre os 48% que manifestaram discordância, 24% apontaram falta de inteligência e coordenação na ação, 18% a consideraram “necessária, mas violenta” e 6% julgaram que a operação foi simplesmente desnecessária. Essas nuances indicam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em sintonia com as sondagens internas ao defender uma apuração independente sobre o que classificou como “matança”. Lula disse ainda que vai quebrar a espinha dorsal do crime organizado. Os dados foram revelados pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo. (Reprodução/Internet) Além disso, sobre se o governo Lula está preocupado em resolver o problema do Rio, a soma de “muito preocupado” (13%), “preoc...

Foco local das pesquisas sobre operação no RJ limita avaliação; é incerto impacto em Lula

| Por: Leopoldo Vieira | A pesquisa nacional da AtlasIntel e os levantamentos locais da Datafolha ,  Paraná Pesquisas  e  Quaest  sobre a operação policial mais letal da história, no Rio de Janeiro, revelam um cenário de disputa simbólica mais equilibrado do que em outras ocasiões, em uma pauta tradicionalmente dominada pela direita. O foco das pesquisas em nível municipal ou estadual, exceto a AtlasIntel, limita uma avaliação de impacto federal. Também permanece em aberto se a operação poderá refletir negativamente na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu governo, que é o principal indicador dessa discussão. Segundo a AtlasIntel , 55% dos entrevistados aprovam e 42% desaprovam a operação, enquanto 52% afirmam que não houve excessos, contra 45% que consideram que houve. Esses números estão longe de configurar uma “lavada”, como esperavam lideranças oposicionistas, mas indicam que o tema permitiu à direita retomar a iniciativa política e melho...

Motta se alinha com Lula em segurança pública; na próxima semana, reforma do IR e COP30

| Por: Leopoldo Vieira | Sinalizando alinhamento com o governo Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou à GloboNews, nesta sexta-feira, que pretende aprovar em dezembro a “PEC da Segurança”, que vai prioriza o projeto antifacção e que a proposta que classifica organizações criminosas como terroristas, principal bandeira da direita, precisará incluir o debate sobre soberania nacional — enquanto especialistas não descartam que o assunto possa ser tratado, em algum momento, entre Brasília e Washington, neutralizando a tentativa da oposição em chamar a atenção da Casa Branca.  Até o momento, não foram divulgadas pesquisas relevantes sobre a repercussão da operação letal do governo do Rio de Janeiro, mas as declarações de Motta indicam que o cenário não é tão favorável à direita quanto se esperava, favorecendo — por ora — o discurso e a agenda do Palácio do Planalto para a segurança pública.  (Brenno Carvalho/O Globo) Na próxima semana, ...

Operação letal no RJ abre disputa política

| Por: Leopoldo Vieira, originalmente publicado no Faria Lima Journal | Apesar de a segurança pública ser uma pauta tradicional da direita, a operação do governo do Rio de Janeiro no Complexo da Penha deve abrir uma disputa de narrativas. De um lado, o modelo do governo Lula, que prioriza o combate ao “andar de cima” do crime organizado, focando em mecanismos de financiamento como a lavagem de dinheiro em postos de combustíveis e no sistema financeiro. De outro, o método do governador Cláudio Castro, baseado na lógica de que “bandido bom é bandido morto”, com alto custo humano envolvendo traficantes, policiais e moradores das comunidades. A polarização narrativa fica evidente: enquanto Castro celebra o sucesso da operação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em vez de se limitar a denunciar violações de direitos, convidou o governador a se somar ao enfrentamento do “andar de cima” do crime organizado. Já a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu prioridade ...

Lula-Trump avançam; emendas na mídia; mercado vira para otimismo

Olá, esta é nossa seleção com as principais notícias que impactam a política e a economia, na esteira do progresso das relações entre Brasília e Washington, e do aniversário de 80 anos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não se perca na conjuntura.  Abaixo, a legenda para avaliação de risco político: ⬆️ Positivo para o governo Lula ⬇️ Negativo para o governo Lula 🟠 Neutro/Atenção (Ricardo Stuckert/PR) ⬆️  "O pai está on" e fez 80 Com 80 anos completos, o presidente Lula supera desafios políticos, econômicos e geopolíticos contemporâneos e mostra muito vigor, segundo o próprio presidente americano, Donald Trump, que o felicitou pelo aniversário ontem. Além de líder operário que garantiu bases fundamentais para a redemocratização, foi o deputado federal mais votado da Constituinte, fundador do partido (PT) que assegurou o cerne dos direitos sociais, realizou os governos que mais realizaram direitos inscritos na Carta Magna e foi levado ao poder pela terceira vez, em uma d...

Lula converge aprovação-intenção de voto; semana reforça tendência baixista dos juros no 1T

| Por: Leopoldo Vieira | A aprovação do governo (51%) e as intenções de voto (51% e 52%), já com cenário de vitória em primeiro turno do presidente Lula, convergem na pesquisa Atlas/Bloomberg divulgada nesta sexta-feira, indicando que o petista acerta ao reforçar seu eleitorado raiz com pautas que lhe são aderentes, como a justiça tributária, o enfrentamento ao "andar de cima" do crime organizado e a defesa da bandeira nacional.  O movimento tem ampliado a competitividade do presidente e, consequentemente, sua capacidade de atrair aliados e arrastar franjas adversárias, como sugere a permanência de ministros do Centrão à revelia de seus comandos partidários. Em um cenário de polarização resiliente, é fundamental buscar sinergia entre o desempenho eleitoral e a popularidade do governo, uma vez que o resultado das urnas também reflete uma divisão na percepção sobre a gestão, gerando uma dinâmica em que aprovação e intenção de voto se transferem mutuamente. Sem Lula, o ministro ...

Há 4 anos: o fim do Teto de Gastos

| Por: Leopoldo Vieira | Em outubro de 2021, o então presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, indicou um novo rumo para a base aliada do governo Jair Bolsonaro, ao defender maior flexibilidade nas regras fiscais para responder ao aumento da pobreza e da fome em meio a um cenário de inflação elevada, desemprego persistente e sofrimento psíquico generalizado da população. Em entrevista à Veja no dia 18 , Lira afirmou que não era mais possível pensar apenas no Teto de Gastos e na responsabilidade fiscal. Sob intensa pressão por mais gastos públicos — provocada pelos efeitos socioeconômicos da pandemia de Covid-19 e pela perda de competitividade eleitoral do governo — o ministro da Economia, Paulo Guedes, primeiro anunciou que um “meteoro fiscal” de cerca de R$ 90 bilhões em dívidas judiciais (precatórios) se aproximava do Executivo. Em seguida, perdeu a disputa interna sobre a flexibilização do Teto de Gastos para viabilizar o Auxílio Brasil, programa que sucedeu o auxílio que s...

Faria Lima condiciona juros a compromisso de Lula com ajuste, dando gás ao presidente

| Por: Leopoldo Vieira | Sem uma sinalização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto a um ajuste fiscal duro a partir de 2027, caso reeleito, o ritmo e a duração da trajetória de queda dos juros deverão ser limitados, sob o peso adicional de uma inflação decorrente da volatilidade, sobretudo cambial, já esperada na disputa pelo Palácio do Planalto. Discretamente, esse alerta foi emitido ao comando do Banco Central (BC) por agentes econômicos da Faria Lima — cuja expectativa inicial era de um “rali Tarcísio”. No entanto, não é o efeito econômico direto do ciclo baixista, como na atividade ou no crédito, que deve favorecer o presidente, mas o impacto político-eleitoral de um “clima” de queda dos juros no País, mantido o contexto de crescimento, emprego e renda — além da agitação de pautas populares como o fim da escala 6x1, que deve ganhar impulso com Guilherme Boulos na Secretaria-Geral da Presidência. Sobre este novo cenário no mercado financeiro, escrevemos em 28 de agosto de 2...

Lula reorganiza governabilidade ampla; Margem Equatorial, Venezuela no radar

Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve concluir a reorganização de sua base aliada no Congresso Nacional, após uma onda de demissões de apadrinhados de parlamentares infiéis, em uma jogada considerada disruptiva ante um enfraquecido “semiparlamentarismo”. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se reunirá com líderes partidários com o desafio de fidelizar franjas governistas do Centrão, frear a drenagem de recursos da situação para robustecer a oposição, finalizar a aprovação da reforma do Imposto de Renda (IR) e aprovar as leis orçamentárias para 2026 — autorizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a visarem a banda inferior da meta fiscal. Em evento do Partido Comunista, Lula reiterou a linha que deve seguir: “A gente não tem que dar muita importância para a Faria Lima, nosso discurso é para o povo brasileiro, para aqueles que trabalham” . No entanto, a exaltação ao “Brasil com S” no final da novela Vale Tudo, campeã de audiência da Globo, ind...