| Por: Leopoldo Vieira |
(Campanha pela justiça tributária após derrubada do "decreto do IOF"/Internet)
Segundo Zarattini, o governo fez todos os esforços para um acordo. “Então, hoje, nós vamos para o plenário, vamos disputar a aprovação dessa medida provisória e chamar a atenção da população do Brasil para essa questão”, disse.
Assim, a tentativa de derrotar o Planalto na MP pode se tornar um novo impulso do campo de centro e direita ao favoritismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no próximo ano. Em cenário de vitória ou derrota parlamentar, a repercussão pode favorecer a gestão federal, com a maioria da sociedade — não o mercado financeiro — creditando ao Legislativo a defesa da alta renda contra investimentos sociais e ao custo da responsabilidade fiscal. Afinal, a "bola" da MP, efetivamente, está com o Congresso.
A MP, que perde validade nesta quarta-feira, foi editada para compensar a derrubada do chamado “Decreto do IOF” pela Câmara, vetor que inaugurou a campanha pela justiça tributária. Ela foi vista como o gatilho para a posterior recuperação da popularidade do Poder Executivo e do presidente Lula, ao mesmo tempo em que expôs a desaprovação do Legislativo. O ápice deste processo foi a aprovação unânime, na Câmara, da reforma do Imposto de Renda (IR), que deve ser concluída no Senado em cerca de um mês.