Esta é a nossa seleção com as principais notícias do País, com avaliação de risco ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos três Poderes, na economia e no cenário internacional. Nesta quinta-feira, destacamos o avanço das promessas de "picanha e cerveja".
O recorde de geração de empregos puxa um crescimento com base no mundo do trabalho, embora o governo Lula avance no fortalecimento da indústria do século XXI. O ex-presidente Jair Bolsonaro está cada vez mais perto da prisão, mas o movimento por sua anistia volta a disputar agenda, ainda que com o adiamento do "pacote da blindagem" de parlamentares perante a Justiça. A estabilidade do continente ganha fôlego com as divisões na Casa Branca sobre a Venezuela. Sobraram pedradas em Milei.
Abaixo, a legenda para avaliação de risco político:
⬆️ Positivo para o governo Lula
⬇️ Negativo para o governo Lula
🟠 Neutro/Atenção
(Internet)
⬆️ "Picanha"
Um cronograma para votar nas duas Casas do Congresso a reforma do IR - projeto que amplia a isenção total do Imposto de Renda para até R$ 5 mil e parcial até R$ 7 mil - deve ser definido nesta quinta, em reunião da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre. O governo Lula quer o novo IR já em 2026.
⬆️ "Cerveja"
A Subcomissão Especial da Escala 6x1 na Câmara apresentou seu plano para estudar os impactos econômicos da redução da jornada de trabalho, analisar os projetos correlatos que tramitam na Casa para eventual juntada, realizar audiências públicas para dialogar com setores afetados e sugerir um relatório com as principais conclusões e sugestões.
⬆️ Feijoada completa
O governo Lula lançará em 4 de setembro o programa Gás do Povo para ampliar o acesso ao gás de cozinha até 2026, sob um investimento de R$ 5,1 bilhões para aquisição de 58 milhões de botijões. As 15 milhões de famílias atendidas receberão um voucher para retirar o gás pago pelo Estado, segundo o chefe da Casa Civil, Rui Costa, no programa Bom Dia Ministro, da AgênciaGov.
⬆️ Pobres no Orçamento
O Brasil gerou mais de 1,34 milhão de novos empregos com carteira assinada nos sete primeiros meses de 2025, com 129.775 postos de trabalho formais abertos apenas em julho, segundo o Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). A taxa básica de juros de 15% ao ano é um problema mais grave para a economia nacional do que o tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil, disse o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, ao avaliar os resultados do Novo Caged,
⬆️ Prosperidade pelo trabalho
Mesmo com uma taxa de juros restritiva, a resiliência no mercado de trabalho é "bastante forte" devido ao nível mais alto da história da renda da classe trabalhadora e do emprego, segundo o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo. A fala aconteceu nesta quarta, na SP Expo.
⬆️ Avenida Farialuler?
O Ibovespa se recuperou ontem e atingiu o maior patamar desde que o presidente americano, Donald Trump, anunciou o tarifaço contra o Brasil, encerrando a sessão em alta de 1,04%, aos 139.206 pontos. Foi o maior patamar desde 8 de julho, impulsionado por ações de bancos, petroleiras e algumas varejistas. O dólar caiu 0,22%, a R$ 5,42.
⬆️ Pós-industrialização
No âmbito do programa Nova Indústria Brasil, governo Lula liberou R$ 12 bilhões para renovar o parque industrial brasileiro com tecnologias 4.0: máquinas e equipamentos que contenham robótica, inteligência artificial, computação na nuvem, sensoriamento, comunicação máquina a máquina e internet das coisas - uma rede de objetos físicos conectados à internet que utilizam sensores, software e outras tecnologias para coletar e trocar dados. O presidente Lula também assinou decreto que cria a TV 3.0, um novo sinal aberto com mais qualidade, interatividade e recursos de acessibilidade.
⬆️ Mão estendida para a amizade
“A decisão dos partidos centro direita de estarem no governo Lula foi deles e, se alguma coisa mudou, a contradição está na decisão que os partidos vão tomar, não está no governo”, disse o presidente do PT, Edinho Silva, nesta quarta, após mais uma reunião de afinamento com partidos de esquerda. Edinho também defendeu fortalecer as alianças regionais, por mais que sejam construídas coalizões nacionais.
⬆️ Vão porque querem
Nesta semana, o presidente Lula cobrou ministros do Centrão para defender sua gestão, enquanto legendas como União Brasil e Progressistas devem anunciar, em breve, sua saída da Esplanada dos Ministérios para embarcar na candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Se a Casa Branca der aval.
⬆️ Para baixinhes
O Senado concluiu a votação do projeto que reprime a "adultização" de crianças e adolescentes na internet, tornando crime a monetização de conteúdos que retratem menores de forma erotizada e obriga plataformas como Meta, Google, TikTok, X (ex-Twitter), Telegram, Kwai e Discord a removerem publicações que infrinjam as regras. O texto seguiu para a sanção do presidente Lula.
⬇️ Roteiro da Anistia
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, denunciou a votação das propostas de fim do foro privilegiado e de blindagem de parlamentares a investigações do Supremo Tribunal Federal (STF), que foram adiadas nesta quarta, como parte de um plano para anistiar Bolsonaro. O roteiro seria juntar o fim do foro e a chamada PEC das prerrogativas para, depois, aprovar a anistia, alertou Farias.
⬆️ Das quatro linhas ao sol quadrado
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, deve determinar que Bolsonaro cumpra pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, após condenado por tentativa de golpe de Estado violento. Foi cogitado que ele fosse preso em uma unidade do Exército ou na Polícia Federal .
⬆️ "Viva la libertad, carajo!"
O presidente argentino Javier Milei, aliado de Bolsonaro e Trump, precisou ser retirado às pressas de uma caravana em Buenos Aires, após ser alvo de pedras e garrafas. O episódio ocorreu em meio ao envolvimento de Karina Milei, irmã do presidente, em um escândalo de corrupção, sendo investigada por esquema de propina.
🟠 Piratas no Caribe
No Caribe, navios de guerra dos EUA e petroleiros da Chevron dividem o mesmo espaço sob bandeira americana. De um lado, destróieres, submarino nuclear e esquadrão anfíbio enviados por Washington na alegada ofensiva antidrogas. De outro, embarcações transportam petróleo bruto venezuelano rumo às refinarias americanas, evidenciando o paradoxo da política externa.
⬆️ Cães de briga
Esse impasse reflete a divisão interna no governo Trump sobre a Venezuela, conforme analistas internacionais: alguns setores priorizam o acesso às reservas de petróleo, enquanto outros defendem sanções e apoio à oposição liderada por María Corina Machado. O resultado é uma política ambígua, oscilando entre pragmatismo econômico e pressão máxima, o que reduz chances de um conflito desestabilizador da América Latina, sobretudo do Norte brasileiro e da Amazônia, no centro da COP30.