Olá, tudo bem? Esta é nossa seleção das principais notícias do País, com avaliação de risco ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto a conjuntura política entra em uma nova etapa com a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida foi decretada na noite desta segunda-feira (4) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações sobre o conluio entre o clã Bolsonaro e o governo americano contra a soberania nacional brasileira. |
🔻 Passarinho que come pedra
Para preservar um canal de diálogo e estabelecer um "pacto de convivência" entre bolsonaristas e ministros do STF, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e seu aliado Paulo Figueiredo atuam agora para evitar mais sanções dos Estados Unidos à Corte e novas tarifas ao Brasil.
🔻Tempo fechou
A prisão domiciliar gerou condenações oficiais do governo americano questionando a democracia e a justiça brasileiras, reforçou a possibilidade de novas sanções e do recrudescimento das tarifas contra exportações brasileiras ao EUA, além da provável dificuldade de negociação das sobretaxas que entrarão em vigor no próximo dia 6, segundo analistas e colunistas políticos nas diversas agências de notícias nacionais.
(Nando Motta)
🔻Escalada planejada
Os EUA não apenas já esperavam uma medida assim por parte de Moraes, como têm um plano com etapas para responder às reações brasileiras, de acordo com informações da imprensa. O governo Lula reconhece que a pressão da Casa Branca pode aumentar, mas mantém a posição de despolitizar a negociação comercial, o que o governo Donald Trump tem sucessivamente descartado.
🔺 Trump vs. COP30
O presidente Lula disse que vai ligar para Trump para convidá-lo a vir à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP) 30, que será realizada em Belém, em novembro, reconhecendo que o chefe de Estado americano não quer falar sobre comércio. "Eu vou ligar pro Trump pra convidá-lo para vir pra COP porque quero saber o que ele pensa da questão climática", afirmou. Segundo ele, "o pretexto da carta, da taxação, não é nem político, é eleitoral".
🔺Reação
A ministra da Articulação Política, Gleisi Hoffmann, chamou as sanções de “chantagem política”, enquanto o da Fazenda, Fernando Haddad, falou que o governo dará apoio a setores e famílias vulneráveis à taxa de 50% contra as importações brasileiras.
🔻Resistência
Em reação à prisão de Bolsonaro, a oposição articula obstruir as votações do Congresso Nacional para pressionar os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, a pautarem a anistia aos réus de 8 de janeiro e o impeachment de Moraes. O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes, prometeu pautar a anistia se assumir interinamente o comando da Casa.
🔺Pelos mortos
O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, comemorou nas redes sociais a prisão de Bolsonaro, dizendo ser "dia de festa" devido aos mortos pela pandemia de Covid-19. Pesquisa Quaest mostrou que 53% apoiam a prisão domiciliar de Bolsonaro, enquanto 47% são contra.
🔺Canabrava
Se condenado, Bolsonaro deverá iniciar o cumprimento da pena diretamente em regime fechado, segundo Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
🙌🏻 Boa terça-feira!