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Pacote contra tarifaço, alinhamento do Congresso, oposição recua

Olá, tudo bem? Esta é nossa seleção das principais notícias do País, com avaliação de risco ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em meio à vigência do tarifaço, o governo contorna possíveis derrotas e constrange o establishment a não atravessar ainda a rua da soberania para a da anistia. Confira: 

🔺É hoje o dia
O presidente Lula convidou os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para discutir o texto e participar da cerimônia de assinatura da Medida Provisória "Brasil Soberano", nesta quarta-feira, que instituirá um plano de contingência contra o tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros. O convite foi visto como um gesto para reforçar o diálogo em um momento de pressão de grupos bolsonaristas para pautar a anistia os réus de 8 de janeiro, subvertendo os esforços do País em preservar sua soberania. 

🔺De volta à normalidade?
Motta apresentou, nesta terça, as prioridades da Casa para o segundo semestre, sem mencionar os projetos defendidos pela oposição, como a chamada "PEC da Segurança Pública", a reforma administrativa, a ampliação da isenção do Imposto de Renda, a regulamentação da inteligência artificial, a regulamentação do trabalho por aplicativo e o combate às fraudes no INSS. 


(Ricardo Stuckert)

🔺Corpo a corpo
O pacote anti-tarifaço prevê, com baixo impacto fiscal, uma linha inicial de crédito subsidiado de R$ 30 bilhões para empresas afetadas, compras governamentais de produtos que perderam acesso ao mercado americano, exigência de conteúdo nacional mínimo na produção interna e busca por novos mercados para exportadores. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, telefonou diretamente a empresários para convidá-los ao evento.

🔺Para quem precisa
Lula afirmou que o plano vai priorizar a preservação de empregos e o apoio especial a pequenas empresas, ressaltando que, embora respeite quem produz, dá prioridade aos trabalhadores mais pobres. 

🔺Inegociável
Além disso, o presidente confirmou que o governo enviará também nesta quarta ao Congresso um projeto de lei para regulamentar redes sociais para proteger crianças e adolescentes, enquanto disse que espera ter uma conversa civilizada com o presidente americano, Donald Trump.

🟡 Um passo atrás 
Bolsonaro orientou sua base a recuar na defesa imediata do projeto de anistia e concentrar esforços no fim do foro privilegiado. Ele teria aconselhado deputados a dar ao presidente da Câmara a “sensação de autonomia” para que a pauta avance no momento certo. 

🟡 Causas e condições
O deputado Marco Feliciano minimizou a falta de votação, afirmando que líderes querem aprovar o fim do foro, mas preferiram adiar para evitar a leitura de vitória ou derrota política nesta semana. A divulgação das legendas que apoiavam o acordo em torno da anistia e do "pacote de blindagem" pelo líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, também enfraqueceu a articulação.

🔻Bastidores animados
Motta avalia que qualquer mudança precisa de negociação prévia com o Senado e o próprio STF. Assim, o principal impasse é a definição do texto a ser votado. A PEC aprovada pelo Senado em 2017 mantém o foro privilegiado para os presidentes da República, da Câmara, do Senado e do STF, enquanto a oposição busca alterar a redação para incluir Bolsonaro entre os beneficiados.

🔻 Missão em Washington
O deputado Eduardo Bolsonaro e o empresário bolsonarista Paulo Figueiredo se reúnem hoje, em Washington, com integrantes do governo Trump para tratar de novas sanções contra autoridades brasileiras, no mesmo dia em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teria um encontro com o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

🙌🏻 Boa quarta-feira!